sexta-feira, 6 de maio de 2011

Relatório de Atividades do dia 06 de maio de 2011

por Everton Araújo Maciel e Fabrício Gonçalves Lima

Babi, inicialmente, saúda a turma e propõe a visualização de um vídeo. A temática do filme, entendemos, relata como o trabalho em equipe pode ter um rendimento maior que o simples trabalho individual. Também mostra a concepção de massa e o conceito de proliferação quando as pessoas se unem à criança.
Em seguida, Aélio ler o relatório da aula anterior feito juntamente com Lívia. Com o fim do primeiro trabalho, inicia-se a leitura do relatório feito por Marçal e Martônio. Terminado a leitura, Babi fala que pequenas modificações nas estruturas das frases pode modificar a ideia que se propõe a transmitir. A partir disso, dá dicas de maior observância nas formulações e propõe a correção dos erros. A pedido de Paulo Henrique, nova chance é dada para a leitura do relatório do dia 29 de Abril, pois, devido a viagem que fez para o II Encontro Regional Norte-Nordeste da Associação Brasileira de Psicologia Social em Fortaleza, ausentou-se da aula.
Ao término da leitura, Babi abre espaço para comentários. Imediatamente, Susana comenta que gostou dos relatórios, porque, como estava ausente na aula anterior devido à viagem que fez para o encontro da ABRAPSO, conseguiu visualizar aspectos importantes, principalmente a discussão dos temas dos projetos de pesquisa. O professor afirma que comentar é vivenciar aspectos da rotina da academia. Que a essência da vida acadêmica seria, talvez, comentar aspectos dessas vivências. Ressalta que o exercício de comentar é algo importante para a vida acadêmica, pois ouvir, escutar e comentar se tornam necessários para o aprendizado e que elaborar algo próprio, que não foi dito por ninguém, é difícil e leva tempo.
 Babi fala que não vai se alongar nos comentários. Com isso, finda-se os comentários acerca dos relatórios e se inicia a apresentação do seminário, ficando responsáveis Nágla, Susana e Sophia por facilitar a discussão sobre Entrevista Narrativa e Entrevista Episódica.
Quanto a Entrevista Narrativa, ressaltam que é uma situação no qual a estimulação e o encorajamento ao entrevistado é o ponto chave para que ele se sinta à vontade para contar a história sobre um acontecimento de sua vida, contextualizando-o socialmente. Que sua ideia básica é reconstruir acontecimentos sob a perspectiva dos entrevistados, o mais direto possível. No que se refere à Entrevista Episódica, falam que tem como objetivo a análise do conhecimento cotidiano do entrevistado sobre um tema ou campo específico. Finalizam destacando que estes tipos de entrevistas estão sendo cada vez mais usados nas pesquisas qualitativas.
Logo em seguida, inicia-se o seminário composto por Aélio, Fabrício, Flávia e Marçal, que ficaram responsáveis pela exposição do tema História de Vida como instrumento de realização de uma pesquisa qualitativa. Expõem que para a realização de uma pesquisa não basta a escolha de um tema, mas a observação do contexto histórico, bem como a análise dos instrumentos para a produção de dados é necessária. Ressaltam que para a realização de uma entrevista sobre a história de vida de um indivíduo, o entendimento do contexto social envolvido, do cenário da entrevista, assim como a análise detalhada dessa entrevista se torna importante para obtenção de resultados relevantes. Assim, encerra-se a apresentação dos seminários.
Em seguida, Babi fala que em Ciências Humanas, a Entrevista Narrativa e Episódica, bem como questionários e gravação de voz são técnicas de pesquisa e instrumentos para a produção de dados. Fala que História de Vida também pode ser considerada como técnica para obtenção de dados. Ressalta que em Ciências Humanas, o que podemos dizer sobre o Homem são apenas comentários.
O professor fala que para entender o processo de Subjetivação Indígena, foi preciso o uso de diferentes metodologias e que o objeto estudado o obrigava/incitava-o a usar várias metodologias. Também ressalta que para notar e apreender esse processo de fazer pesquisa é essencial a prática, a inclusão no campo, a análise de conflitos; enfim, praticar para aprender. Susana ao analisar sobre os aspectos das pesquisas, fala que o método ou metodologia é mais abrangente, enquanto técnica é mais específica. Babi fala sobre sua experiência no lixão em Pernambuco durante o mestrado em Antropologia e conta a história da bebida que tomou e do peixe que comeu. Lycélia comenta que as duas equipes deram conta do que se propuseram e demonstraram muito ricos quanto à clareza e o tom de voz da apresentação. Por sua vez, Íria fala que é possível encontrar uma aproximação entre as duas abordagens expostas nos seminários.
Babi comenta que fazer ciência é, essencialmente, perguntar sobre as causas de um acontecimento. Comenta que “ser dono do que diz e ser dono do seu tempo” é uma busca necessária e complicada. Que para chegar a esse ponto, grandes atitudes são necessárias e pequenas oportunidades devem ser aproveitadas. Finaliza esta parte da aula agradecendo ao esforço que a turma vem demonstrando para a realização dos seminários e tudo que tem realizado para o andamento da disciplina.
Em outro momento da aula, Babi pergunta se os alunos estão aproveitando as experiências que o Estágio Básico tem gerado, e se de alguma forma estão ajudando para a produção dos projetos de pesquisa. O professor pergunta se os discentes estão repensando suas propostas para os projetos de pesquisa. A equipe encabeçada por Aélio repensa sua proposta e propõe outro tema: “Comparação entre homossexuais que se assumem e os que não se assumem”.
Posteriormente, o professor começa a abordar aspectos do projeto de pesquisa. Fala que Objetivo Geral indica a ação principal ou resultado final que se deseja alcançar com a pesquisa. Fala que conceitos de objetos específicos, cronograma e biografia devem ser entendidos. Para isso, nos orienta a ler um texto da apostila sobre os tipos de pesquisa.
Continuando a aula, Susana pergunta se devemos ir a campo com o projeto de pesquisa. Babi responde negativamente, ao não ser quando que para elaborar os aspectos do projeto, necessita-se de aproximação ao objeto para melhor compreendê-lo. Martônio afirma que uma visita ao objeto estudado ou uma análise preliminar é o mínimo que podemos fazer para que se tenha uma concepção teórica sobre o tema analisado. Paulo Henrique pergunta se é possível uma orientação para as equipes no que se refere à construção do projeto de pesquisa. Babi responde que sim, ressaltando “que está aqui para isso”. Susana propõe a mudança do tema, pois o anterior não condiz com o que realmente querem, citando outro: “a visão do senso-comum sobre o fechamento do manicômio”. O professor pontua que o título proposto deve ser deixado em aberto, pois a palavra senso-comum é delicada e deve ter uma maior atenção quanto a sua citação.
Já chegando ao final do encontro, Babi fala para as equipes ter uma maior atenção a questão do tempo necessário para a elaboração dos projetos de pesquisa, pois os dias de apresentação se aproximam, sendo marcados para os dias 27 de maio e 3 de junho. Também nos orienta a consultar o guia de normatização da UFC para que dúvidas quanto a estrutura do texto sejam sanadas. Com isso, encerra-se mais uma aula da disciplina de Métodos e Técnicas de Pesquisa Qualitativa em Psicologia. 

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