quarta-feira, 27 de abril de 2011

Relatório da aula do dia 27 de abril de 2011

Relatório da aula do dia 27 de abril de 2011

Aélio Almeida Jalles Monteiro
Lívia de Castro Neves

A aula começou com Babi falando sobre um e-mail que a turma havia enviado, solicitando que a aula começasse uma hora mais tarde, pois estava acontecendo uma assembléia sobre o SPA. Ele nos informou que não havia lido o e-mail, pois havia passado a semana em um local onde não havia sinal de celular, nem conexão de internet. Como não havia dado resposta, ficou implícito que a aula começaria em seu horário normal.
As atividades têm início com a reorganização do cronograma, em virtude das aulas que foram prejudicadas com os vários feriados do mês. O professor se compromete a reenviar o arquivo e então Mayara iniciou a leitura de seu relatório, que foi feito em equipe com Beatriz, falando da aula do dia primeiro de Abril. Depois foi a vez de Kércio relatar sua observação do mesmo dia.
Após a leitura, Fonteles pergunta se faz sentido gastar tanto tempo em uma aula de Métodos e Técnicas de Pesquisa Qualitativa em Psicologia lendo relatórios. Beatriz diz que julga importante, por fazer com que os alunos revivam e relembrem o que aconteceu, principalmente quando a aula ocorreu há quase um mês atrás, como foi este caso. Kércio também alega a importância dos relatórios e é seguido de Martônio, que também é a favor dos diários de bordo feitos pelos alunos.
O professor comenta que a aula de primeiro de Abril havia sido o ápice da disciplina e que o dia da mentira trouxe uma grande verdade. Prossegue falando sobre este grande problema das ciências humanas que é a verdade. Diz que a criação é o mais importante da pesquisa e que uma vez sabendo disto é possível compreender que não há diferenças entre um cientista e um artista. Babi falou ainda sobre a quantidade de vírgulas presentes no relatório de Mayara e Beatriz e comentou as marcas pessoais do relatório de Kércio, o que considerou muito importante. Pontuou ainda que a sensibilidade e a inteligência são gêmeas siamesas.
Iniciou-se então uma discussão a respeito dos projetos de pesquisa, quando cada equipe explicita qual será o tema pesquisado. A equipe de Maria Júlia é a primeira, e ela informa que todas as idéias que tiveram estão anotadas em um caderno que está com Thamila, e pede que o professor espere até que termine a assembléia para que ela possa dizer seu tema.
Andressa fala sobre o assunto que sua equipe escolheu: a deficiência visual e os alunos do CEFAP. Babi então fala da diferença entre assunto objeto e tema, cita que o objeto se trata de uma elaboração, assim como uma sinfonia ou uma música, é uma criação do pesquisador e não de uma realidade, falou também da importância do estágio básico na escolha dos temas para o projeto de pesquisa.
A equipe seguinte foi a de Jéssica, que pretende pesquisar sobre a atuação do psicólogo na saúde pública de Sobral. O professor falou que realizar esta pesquisa seria bastante complicado, pois a delimitação faz com que a pesquisa seja obrigada a dar conta de todos os locais onde se aplique psicologia na cidade de Sobral. Falou também que seria interessante se houvesse uma limitação e fosse escolhido somente um local de aplicação como, por exemplo, o CAPS. Concluiu relatando sua intenção de transformar os projetos de pesquisa elaborados pela turma em trabalhos de conclusão de curso.
Paulo Roberto prosseguiu falando sobre o tema que sua equipe havia escolhido: uma discussão acerca das concepções de usuários de drogas ilícitas do caps AD e da Fazenda Esperança. Fonteles fala da importância do título para o projeto de pesquisa.
Depois foi a Equipe de Lycélia, que tinha pensado em três temas, a feminilidade das mulheres em presídios, a violência contra mulher e a questão da saúde no presídio de segurança máxima. Babi falou da diferença entre os “mobrais” da academia e aqueles que saberão verdadeiramente o que é uma graduação. Diz que o governo tem um projeto que em 2016 haja a proporção de um professor para cada dezoito alunos (sendo que hoje é de um professor para nove alunos). Nesse intento, fala ainda da importância da afinidade com a pesquisa. De acordo com o professor, os docentes que não realizam esse trabalho, acabarão sendo obrigados a permanecer mais tempo em sala de aula e, os alunos, acabam perdendo algo importante para a sua formação.
A equipe de Kércio se propôs a falar do Saber-Fazer Psicologia, pois o psicólogo ainda é visto de forma estereotipada. Busca, assim, saber o que é “ser psicólogo” para uma pessoa que não estudou Psicologia e confrontar com o que é “ser psicólogo” para quem estudou. O professor falou do quão amplo isto pode ser e que seria interessante por um direcionamento no tema.
A equipe de Sophia pensou em falar das percepções acerca da reforma psiquiátrica e, por fim, a equipe de Marçal havia pensado em três temas, sendo o primeiro o luto da aposentadoria, o segundo a expectativa que os pais têm para seus filhos com síndrome de down e o terceiro, o trabalho infantil como uma variante da cognição da criança. Babi afirma que tomará o estágio básico como referencial dos problemas que queremos investigar.
Kércio pergunta onde se deve colocar a motivação do projeto de pesquisa e o professor fala que o projeto que iremos desenvolver terá somente seis partes textuais, sendo elas: Problematização; Justificativa; Objetivos, geral e específico; Procedimentos Metodológicos (a saber: metodologia, instrumentos de produção de dados e cronograma); Referencial Teórico Preliminar; e Bibliografia Inicial.
O professor fala da questão norteadora, que seria como transformar o problema pesquisado em interrogação para que, a partir dela, haja o desenvolvimento da pesquisa. Explica ainda as metodologias que existem para dialogar e entrevistar uma pessoa. Kércio pergunta se facilitaria formular uma hipótese. Babi responde que não há hipóteses no tipo de projeto em que estamos trabalhando e sim perguntas norteadoras, uma vez que uma hipótese seria a defesa de uma opinião e a defesa de uma resposta pré-existente. Desta forma não haveria espaços para dúvidas nem interrogações, ou seja, não haveria motivo para pesquisar.
O professor fala que um projeto de pesquisa parte da realidade, mas que não é a realidade. Deu como exemplo seu projeto nos Tremembés, que seria possível observar processos de subjetivação em qualquer lugar. Usa como exemplo um matemático que tenta decifrar um teorema ou uma pessoa que passa a vida toda tentando descobrir se Nietzsche  é o verdadeiro autor de “Minha Irmã e Eu”. Diz que para as ciências humanas isso não é interessante e fala sobre o maior investimento de países em pesquisa tecnológica que em pesquisas das áreas humanas.
Babi fala sobre trazer problemas do mundo real e transformá-los em objetos de pesquisa. Pergunta como se transforma um problema empírico em cientifico. Marçal diz que é quando esse problema afeta nossa vida. O professor diz que se transforma um problema empírico em cientifico quando há perguntas, que só existe ciência onde há pergunta e vontade de conhecer. Explica que ao citar nossos objetos estamos querendo fazer perguntas, dá dicas de como devemos fazer a justificativa, e nos avisa que vamos encontrar vários modelos de projetos, mas a que ele nos ensina foi a que ele utilizou e obteve sucesso.

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