sexta-feira, 18 de março de 2011

Relatório de 18 de março de 2011

Por Paulo Roberto e Vanessa




Demos início à aula às 18:22 com o professor Babi apontando para as conseqüências trágicas do carnaval. Citou o elevado número de mortes durante esse período e dos interesses da Indústria de bebidas nessa festa. Em seguida, comentou sobre as especificidades das ciências humanas e relembrou alguns aspectos dos primeiros seminários.
Hanna Graziely passa para a leitura do relatório da aula anterior. Babi abriu espaço para comentários, mas a turma permaneceu em silêncio. Após algum tempo, o professor ressaltou a importância de nos dedicarmos igualmente às atividades em que nos envolvemos. Solicitou que os relatórios fossem encaminhados com antecedência. Novamente voltou a atenção de todos para o relatório escrito por Graziely. George acrescenta a grande valia da leitura e do conteúdo do relatório de Hanna Graziely, parabenizando-a e explicitando que não esteve presente na aula passada.
Fonteles comenta o relatório de Graziely e aponta para o trecho onde está a palavra “Subjetivismo”, e explica que essa é uma categoria confusa, que se pretende fazer-se ciência e que também é feita dentro da academia sem pudor, nem rigor e contrapõe “subjetivismo” com “subjetividade”, acrescentando que esta ultima existe no plano da cultura, de forma que ao logo de sua vida o sujeito reinventa sua subjetividade enumeras vezes. Babi pergunta a Graziely se entendeu sua explicação na aula anterior, esta argumenta que escrever o relatório e ter uma maior atenção na explicação se tornava difícil, daí a importância de haver dois relatores, informa Babi, despois da releitura de alguns trechos do relatório apresentando, Babi convida Hanna para que refaça especificamente o referido trecho, e se propõe a ajudar caso seja necessário. Babi sugere que outro trecho seja modificado, depois das considerações do anterior, que Hanna informe em seu relatório o motivo pelo qual a aula foi encerrada uma hora antes, motivo apontando por Vicente André, que explica que não houve intervalo.
            Fonteles pergunta qual o sentido dessas sugestões para Hanna. Fabrício fala da importância de haver essa complementação da visão do outro. Thamila Cristina acrescenta que essa complementação, poderia ser feita de maneira reservada, de modo que não causasse constrangimentos. Babi argumenta que é importância de avaliar os produtos dos alunos e não os próprios alunos. Acrescenta ainda que cada um ocupa uma posição, e fala sobre o significado da palavra aluno, que vem do latim que quer dizer “sem luz”, e ressalta que ensinar e aprender não são um constrangimento, e sim de intervir de uma forma que não seja agressiva e ofensiva, já que não há uma ligação com os valores e a conduta, mas sim de um produto. Thamila Cristina fala poeticamente que os caminhos da aprendizagem podem ter diversos caminhos, e que algumas formas de ensinar devem ser repensadas e fala de medo, quando se expressa uma opinião, já que não se sabe o que vira da posição do outro. Babi fala que entende a posição de Thamila, e já esteve nessa posição e que já viu muitas coisas, e fala de respeito, acrescentando que espera não ter sido desrespeitoso com o relatório, mas que é preciso fazer intervenções para que haja aprendizado. Paulo Roberto expressa seu sentimento de “inquietação” com o discurso dos dois personagens que ali se mostravam e elogia a postura da turma, assim como a de Thamila Cristina, apontando para sua importância
Passado esse momento o professor esclarece que os alunos que faltarem no dia da apresentação de algum trabalho, sem avisar anteriormente, terá 70% da nota. Caso avisem com antecedência ocorre apenas um remanejamento no cronograma. Lívia discorda dessa idéia, frente à imprevisibilidade de faltar à aula. Babi fala do manual do estudante e dos direitos e deveres que tanto professor como alunos tem. E pergunta se mais alguém tem alguma consideração.
Fonteles pergunta o nome da nova aluna da turma, que se apresenta como Flávia Martins. Ele a recomenda que peça ao Franklin a lista atualizada dos alunos matriculados na disciplina, para que possa acrescentá-la nas atividades propostas.
Ocorreu então a apresentação do seminário sobre o texto O método das ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa de Alves-Mazzotti por Vanessa, Paulo Roberto, Martonio e George. Logo após, Babi pergunta a turma se há questionamentos sobre o conteúdo apresentado, Thamila Cristina pergunta qual a diferença entre a Teoria Critica e Pós- estruturalismo. Babi sugere que a equipe pesquise sobre o assunto, acrescentando que para se entender Pós-estruturalismo, deve-se antes entender o que foi o estruturalismo. Relembrou uma fala sua de aulas passadas, que coisa mais parecida com escola é Igreja; mais parecida com religião é ciência. Falou que a educação básica está muito precária. E que antes havia uma preocupação e valorização maior com ela, citando a existência do canto orfeônico. Declarou que a educação hoje está vinculada a interesses de terceiros.
 Fonteles considera que nossa formação deveria ter um contato mais íntimo com a Arte, e fala principalmente da música com essa função, e aponta que hoje as classes abastadas não têm uma formação musical, de forma que a própria educação destes sujeitos está comprometida. Livia Neves discorda e argumenta que acha complexo analisar a educação e formação dessas pessoas através de seu gosto musical, se colocando como exemplo. Babi esclarece que fala de curriculum, e lembra que a formação musical era obrigação no colégio Sobralense, por exemplo, e nas escolas públicas e que depois da ditadura militar e de um complexo contexto sócio cultural e da ação da indústria cultural essa situação mudou.
As músicas que se ouvem atualmente fazem apologia a agressão e desqualificação das mulheres e homossexuais, por exemplo, e ressalta que uma sociedade que aceita esse tipo de manifestação, é uma sociedade que “involuiu” para a barbárie e lembra-se dos índios americanos que tinham a preocupação sobre o que aconteceriam com as suas futuras gerações. Atitude que também deveria ser tomada pela sociedade atual, aponta ainda para os dados alarmantes de agressão contra mulheres em Sobral, que é quatro vezes maior do que as estatísticas de Fortaleza. E nos convida a pensar que tipo de música é essa que leva a um estilo de vida de violência ao outro. Maria Júlia argumenta que o que se escuta na cidade de Sobral, também se escuta na capital. Babi afirma que isso é uma questão a se pensar, a se examinar e que daria uma ótima pesquisa de conclusão de curso. George falou que a apresentação do seminário desafia a uma maior compreensão do texto. Martonio declara que o texto é bem complexo e cheio de minúcias.
Babi começa a avaliação do seminário e elogia a apresentação. Ressalta que o fichamento foi sintético, que a equipe demonstrou ter se preparado, estudado e passou segurança. Criticou a falta de fichamento para todos os alunos presentes. Paulo Roberto justificou o corrido e Babi encarregou à equipe de surprir os faltosos.
Sobre a apresentação Babi falou que o Power Point poderia ter sido dispensado, pois em algumas partes estava sendo usado para roteiro. Falou também sobre a saída de algumas pessoas durante a apresentação e que isso não deveria ocorrer. Agradeceu a equipe do seminário e a relatora e pediu aplausos para ambos.
Babi então fez modificações no cronograma da disciplina, encaixando Flávia e Shyrlane nas datas das apresentações. Sem mais considerações a aula foi encerrada mais cedo pelo fato de não ter dito intervalo. 

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